Estamos entrando na Era da Autonomia Artificial, um momento em que a Inteligência Artificial (IA) não apenas processa informações, mas também toma decisões e executa tarefas de forma independente. Ao longo de sua trajetória, a IA tem redefinido setores econômicos e criado modelos de negócios. Sua evolução pode ser compreendida, sob a ótica do mercado de seus impactos práticos em três estágios principais: modelos preditivos, modelos generativos e agentes autônomos. Embora não seja uma classificação cientificamente estabelecida, essa divisão reflete as percepções predominantes sobre os avanços da IA e suas aplicações mais significativas. Cada uma dessas fases trouxe inovações profundas, acompanhadas por desafios proporcionais ao impacto gerado na sociedade.
O primeiro estágio da revolução da IA foi marcado pelo uso de algoritmos preditivos, que analisam grande volumes de dados para antecipar padrões e comportamentos. Setores como finanças, saúde e marketing adotaram modelos de aprendizado de máquina para diversas aplicações. Bancos passaram a utilizar IA para prever fraudes, enquanto a medicina começou a usar algoritmos para identificar precocemente doenças como câncer. Esta fase foi caracterizada pelo crescimento da coleta de dados, pela criação de modelos estatísticos mais avançados e pela personalização de serviços. Contudo, enfrentou desafios éticos e regulatórios, como o viés algorítmico e questões de privacidade de dados.
O segundo estágio trouxe os modelos generativos, como GPT-4 e DALL-E, capazes de criar conteúdo sintético realista, incluindo textos, imagens, áudios e vídeos. Essa evolução permitiu avanços significativos em áreas como publicidade, educação e entretenimento. A multimodalidade – a capacidade de combinar diferentes tipos de mídia em uma única criação – ampliou as aplicações comerciais da IA. Empresas passaram a utilizar chatbots mais sofisticados e assistentes virtuais aprimorados. No entanto, a disseminação de deepfakes e desinformação gerou um novo conjunto de desafios regulatórios, exigindo maior transparência e mecanismos de autenticação de conteúdo.